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sábado, 31 de maio de 2014

ANIVERSÁRIO DA IEAB – junho de 1890 – junho de 2014



Em 1º de junho de 1890, na cidade de Porto Alegre – RS, dois jovens reverendos, Morris e Kinsolving, celebravam o primeiro culto para os brasileiros. Esse dia tornou-se o marco inicial da missão da igreja em terras brasileiras. Completamos, portanto, nosso 124º aniversário.
A Comunhão Anglicana, como é reconhecida internacionalmente nossa igreja, presente em mais de 160 países, em todos os continentes, com mais de 80 milhões de fiéis, está organizada em Províncias, que podem abranger o território de um ou mais países. A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, é uma das 38 Províncias Anglicanas espalhadas pelo mundo, e é a única no Brasil, que representa oficialmente e está em comunhão com a Comunhão Anglicana.
A missão da Igreja no Brasil, foi uma  iniciativa de estudantes de teologia, juntamente com seus professores e famílias apoiadoras que, a partir da fundação de uma Sociedade Missionária, no Seminário Episcopal de Virgínia, no Estado de Washington-DC, nos  USA, passaram a preparar e enviar missionários ao mundo. Inicialmente se preocuparam mais pelo oriente, Índia e China. Depois passaram a olhar para a América Latina e particularmente o Brasil, a partir de contato com famílias vizinhas ao Seminário que tinham parentes em nosso país.
O “clima” no Seminário, de oração diária, leitura e estudo da Palavra de Deus, a reflexão teológica e a preocupação por discernir a vontade de Deus  para suas vidas, vocações e ministérios, propiciou que professores e estudantes buscassem atender ao que entenderam era vontade de Deus e desafio para suas ações. Assim, ardorosos, entusiasmados e desejosos de levar a Palavra a continentes que ainda não conheciam o cristianismo, lançaram-se à missão e evangelização voltado para o Oriente. Há extraordinários relatos dessas experiências de missão dos missionários de “Virginia” nessas terras distantes.
Não foi fácil mudar o “foco Oriental” para o “foco Latino Americano”. Alguns estudantes em visita a famílias vizinhas do Seminário, tiveram, através de jornais e boletins, noticias sobre o Brasil. Nasceu assim o sonho, desejo, vontade de alguns estudantes de virem em missão para nossa pátria. Para isso tiveram que vencer muitas barreiras. Peregrinaram por paróquias e dioceses para levantar recursos para a viagem e manutenção temporária. Diversas vezes receberam negativas dos responsáveis pela Missão Mundial, o Brasil não estava nos planos e no orçamento da Missão. Mas, perseverantemente, os jovens seminaristas foram superando barreiras e o sonho se consolidou. Em 1º de junho de 1890, realizavam o primeiro culto da IEAB.  Celebramos nosso 124º aniversário como Igreja Brasileira para os brasileiros. Em Curitiba, em julho, iremos celebrar nosso 62º aniversário, em Cascavel e Palotina, já celebramos o cinquentenário, em Londrina somos septuagenários.
Que o mês de Junho, tão especial para nós episcopais-anglicanos, seja uma oportunidade para renovação e reencantamento com a Missão que é de cada uma e cada um de nós e de todos nos! Que o entusiasmo e compromisso dos jovens sacerdotes Morris e Kinsolving e outras e outros que os sucederam, nos comovam e movam à Missão.

Igreja e fé a gente vive com paixão!

+ Bispo Naudal,

sexta-feira, 16 de maio de 2014

João 14,1-17: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida! A missão de Jesus e a nossa missão [Mesters, Lopes e Orofino]


Neste texto, vamos meditar mais um aspecto da conversa que Jesus teve com os seus amigos, durante a última ceia, na véspera de ser preso e morto. Era uma conversa amiga bem prolongada, que ficou na memória do Discípulo Amado. Jesus, assim parece, queria prolongar ao máximo esse último encontro amigo, momento de muita intimidade. O mesmo acontece hoje. Tem conversa e conversa. Conversa superficial que gasta palavras à toa e revela o vazio das pessoas, e tem conversa que vai fundo no coração. Todos nós, de vez em quando, temos esses momentos de convivência amiga, que dilatam o coração e vão ser força na hora das dificuldades. Ajudam a ter confiança e a vencer o medo.
1. Situando

sábado, 10 de maio de 2014

Jo 10,1-18: Jesus é o Bom Pastor [Mesters, Lopes e Orofino)




 
Nessa reflexão, vamos meditar sobre a imagem do Bom Pastor.

Jesus é o Bom Pastor que veio para que todos tenham vida em abundância. O pastor era a imagem e o símbolo do líder. Jesus diz que muitos se apresentavam como pastor, mas na realidade eram ladrões e assaltantes. Hoje acontece a mesma coisa. Muitas pessoas se apresentam como líderes, mas na realidade são ladrões e assaltantes, pois, em vez de servir, buscam os seus próprios interesses. E, às vezes, têm uma fala tão mansa e fazem uma propaganda tão inteligente, que conseguem enganar o povo.

Situando
 
    1. O discurso sobre o Bom Pastor traz três comparações ligadas entre si:

a) pastor e assaltante (Jo 10,1-5);

b) comparação: Jesus é a porteira das ovelhas (Jo 10,6-10);

c) comparação: Jesus não é simplesmente um pastor, e sim o Bom Pastor

(Jo 10,11-18).

    2. Temos aqui outro exemplo de como foi escrito o Evangelho de João.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A bisavó - Rubens Alves!

X Concílio Diocesano

Nos dias 02 a 04 de maio, aconteceu em Cascavel, Paróquia da Ascensão, o X Concílio Diocesano com o tema Crescimento, Administração e Finanças da Igreja. O Concílio foi aberto com uma Celebração Eucarística em que D. Naudal leu sua Carta Pastoral baseada em S. Lucas 24.29-31 que diz: “Fique conosco. Já é tarde. Abençoou e partiu o pão e seus olhos se abriram, e reconheceram Jesus!” No dia 03, o Revdo. Josué apresentou o tema Crescimento de Igreja destacando a importância da qualificação das lideranças e trabalhos para a acolhida e recepção de novos membros. Também palestrou o M.L. Marcel, da Paróquia de São Pedro Apóstolo,

Carta da IEAB para a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Curitiba, 07 de maio de 2014.
À Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Exma. Sra. Ministra
Ideli Salvatti
Paz e Bem!
Em primeiro lugar desejamos parabeniza-la por seu trabalho em diferentes ministérios, sua atuação parlamentar e seu novo desafio desde 1º de abril, frente a essa secretaria. Segundo, parabenizar essa secretaria pelo importante e significativo trabalho que vem realizando a favor dos Direitos Humanos, a favor da paz e da justiça em nosso país.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

3o Domingo da Páscoa -(Dom Sumio Takatsu)




Primeira leitura: Atos 2.14a, 36-47

 O trecho selecionado é a parte final do sermão de Pedro no dia de Pentecostes.
O vs. 14 é lembrete de que se trata do sermão petrino e seu núcleo é a ressurreição
de Jesus.
 Vs. 36 – por causa da ressurreição, é possível dizer que Deus fez daquele Jesus
Nazareno humilhado na Cruz, o Senhor e Cristo. Senhor (Kyrios é uma tradução grega
de Yahweh na versão LXX). Trata-se, então, de uma afirmação de fé. Essa confissão é
obra do Espírito Santo, conforme o apóstolo Paulo. “Messias” ou “Cristo”, significa o
rei ungido, que traz o reinado de Deus. Assim, afirmar que Deus fez de Jesus, o
Senhor e Cristo, significa proclamar a divindade de Jesus e que através delem Deus
inaugura seu reinado.
 Essa afirmação a respeito do Ressuscitado/Crucificado prepara o caminho para
o responso dos ouvintes e leitores. O responso consiste em voltar se para Deus e ser
batizado em nome de Jesus.
 Nos vers. 39 encontramos a inclusividade da promessa de Deus: “a vocês, seus
filhos, para todos os que estão longe, todos aqueles que o Senhor Deus chamar...”
 No tempo do Novo Testamento, a questão da discriminação na Igreja era mais
com os assim chamados gentios. Quem são hoje os gentios discriminados? Viver
comunitariamente a ressurreição conduz a comunidade à inclusividade.

No Caminho de Emaús - Ele está no meio de nós! (Lucas 24,14-31) [Mesters e Lopes]

 
1. De que estavam falando pelo caminho?

Duas pessoas andando pela estrada. Desanimadas. Tristes! Estavam indo na direção contrária. Fugindo. Buscando. Imagem de ontem e de hoje. Imagem de todos nós. No ano de 85, muitos discípulos e discípulas andavam pelo caminho, tristes, desanimados, sem saber se estavam no caminho certo. Parece que a cruz ficou maior e mais pesada. O desemprego, a violência, a droga, a falta de atenção séria à saúde e à educação, a falta de dinheiro, as dívidas... o desespero. Sentimo-nos impotentes frente à corrupção que desvia fundos dos cofres públicos, ou frente à má administração que deixa o povo no desamparo. O sistema neoliberal vai gerando cada dia mais exclusões de indivíduos, grupos e países. Parece que vivemos em um caos, em uma situação sem saída. Temos a impressão de estarmos caminhando ladeira abaixo, para o pior.

2. Tinham os olhos vendados

A experiência da morte de Jesus tinha sido tão dolorosa que eles perderam o sentido de viver em comunidade, abandonaram o grupo de discípulos e discípulas. Sentiram-se impotentes diante do poder que matou Jesus e procuraram salvar pelo menos a própria pele. Sua frustração era tão grande, que nem reconheceram Jesus, quando este se aproximou e passou a caminhar com eles (24,15). Tinham um esquema rígido de interpretação sobre o Messias, e não puderam ver a salvação de Deus entrando em suas vidas. Algumas discípulas tentaram ajudar os companheiros a perceber que Jesus estava vivo (24,22-23). Mas eles se recusaram a acreditar (24,24). Esta notícia era por demais surpreendente. Era o mesmo que dizer que Jesus era o vencedor do caos e da morte. Só podia ser fantasia, sonho, delírio de mulheres (24,11). Impossível acreditar! Quando a dor e a indignação pegam forte, há pessoas que ficam depressivas, desesperadas. Outras se tornam coléricas e amargas. Algumas invocam o fim do mundo com catástrofes que vão tirar os maus da face da terra. Outras buscam evadir-se numa oração sem compromisso social e político. Mas nenhuma dessas posturas ajuda a abrir os olhos e analisar a situação com fé lúcida e responsável, capaz de inventar saídas para esta situação aparentemente sem saída.

3. A Bíblia esquentou o coração, mas não abriu os olhos

Caminhando com eles, sem eles se darem conta, Jesus fazia perguntas. Escutava as respostas com interesse. Dessa maneira, obrigava-os a irem fundo no motivo da sua tristeza e fuga. Procurava fazê-los expressar a frustração que sentiam. Depois, ia iluminando a situação com palavras da Escritura. Procurava situar os discípulos na história do povo, para que pudessem entender o momento que estavam vivendo. Foi uma experiência apaixonante. Mais tarde, eles iriam fazer uma reflexão e perceber que o coração deles ardia, quando Jesus lhes explicava as Escrituras pelo caminho (24,32). Mas a explicação que Jesus dava a partir das Escrituras não conseguiu abrir os olhos dos discípulos.

4. Eles o reconheceram na partilha do pão