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sexta-feira, 25 de abril de 2014

A missão da comunidade. A paz esteja com vocês (João 20,19-31) [Mesters, Lopes e Orofino]


    
     1. Situando
Na conclusão do capítulo 20 (Jo 20,30-31), o autor diz que Jesus fez “muitos outros sinais que não estão neste livro. Estes, porém, foram escritos (a saber os sete sinais relatados nos capítulos 2 a 11) para que vocês possam crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, acreditando, ter a vida no nome dele” (Jo 20,31). Isso significa que, inicialmente, esta conclusão era o final do Livro dos Sinais. Mais tarde, foi acrescentado o Livro da Glorificação que descreve a hora de Jesus, a sua morte e ressurreição. Assim, o que era o final do Livro dos Sinais passou a ser conclusão também do Livro da Glorificação.

     2. Comentando

1. João 20,19-20: A experiência da ressurreição

Jesus se faz presente na comunidade. As portas fechadas não podem impedir que ele esteja no meio dos que nele acreditam. Até hoje é assim. Quando estamos reunidos, mesmo com todas as portas fechadas, Jesus está no meio de nós. E até hoje, a primeira palavra de Jesus é e será sempre: “A paz esteja com vocês!” Ele mostrou os sinais da paixão nas mãos e no lado. O ressuscitado é o crucificado. O Jesus que está conosco na comunidade não é um Jesus glorioso que não tem mais nada em comum com nossa vida. Mas é o mesmo Jesus que viveu nesta terra, e traz as marcas da sua paixão. As marcas da paixão estão hoje no sofrimento do povo, na fome, nas marcas de tortura, de injustiça. É nas pessoas que reagem, lutam pela vida e não se deixam abater que Jesus ressuscita e se faz presente no meio de nós.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

INDABAS SOBRE DIVERSIDADE SEXUAL E FAMÍLIAS NA IEAB

Proposta do Centro de Estudos Anglicanos da Junta Nacional de Educação Teológica da IEAB para a realização em 2014 de diálogos (indabas) sobre famílias e diversidade sexual

Justificativa/antecedentes
Desde Lambeth-1888, com o início das discussões sobre a poligamia, a sexualidade humana tem sido um ponto de debate nas Conferências de Lambeth. Na resolução de Lambeth-1998[1] sobre a homossexualidade, refere-se a esta orientação sexual como “incompatível com as Escrituras”. Nunca antes a Comunhão Anglicana havia estado envolvida num debate tão acalorado e acirrado.

sábado, 19 de abril de 2014

DOMINGO DE RESSURREIÇÃO Evangelho de João 20, 1-9


cosmic-birth
Ilustração: Mary Southard
Fonte: www.MarySouthardart.org
Courtesy of www.Ministryofthearts.org
Congregation of St. Joseph
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava.
E disse para eles: "Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram."Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou.
Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte.
Assim, o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: "Ele deve ressuscitar dos mortos." Os discípulos, então, voltaram para casa.
(Correspondente ao Domingo de Ressurreição, ciclo A do Ano Litúrgico).
Locutor: Gilberto Faggion

Um novo amanhecer

Depois de ter vivido quarenta dias de Quaresma, sem cantar Aleluia, neste domingo de Ressurreição, com todos os nossos irmãos e irmãs, somos convocados a proclamar com alegria: "Aleluia, o Senhor Ressuscitou, Aleluia!"
Nossa fé na Ressurreição de Jesus, causa de nossa alegre esperança, porque a vida venceu a morte, baseia-se na fé dos primeiros de Jesus que o reconheceram ressuscitado ao crucificado!

O reencontro de Jesus com Maria Madalena: buscar sempre, sem desanimar (Jo 20,11-18) [Mesters, Lopes e Orofino]



O capítulo 20 do Evangelho de João traz alguns episódios que nos transmitem a experiência e a ideia da ressurreição que existia nas comunidades do Discípulo Amado. Eis o conteúdo:

1. Maria Madalena vai ao sepulcro, vê a pedra retirada e chama os apóstolos. O Discípulo Amado e Pedro vão verificar o acontecido. O Discípulo Amado viu e acreditou (Jo 20,1-10).

2. Maria Madalena reencontra Jesus e tem uma experiência de ressurreição (Jo 20,11-18).

3. A experiência de ressurreição da comunidade dos discípulos (Jo 20,19-23).

4. Uma nova experiência comunitária de ressurreição com Tomé (Jo 20,24-29).

5. Conclusão: o objetivo da redação do evangelho é levar as pessoas a crerem em Jesus e, acreditando nele, terem a vida (Jo 20,30-31).

2. Na maneira de descrever a aparição de Jesus a Maria Madalena, transparecem as etapas da travessia que ela teve de fazer, desde a busca dolorosa até o reencontro da Páscoa. Estas são também as etapas pelas quais passamos todos nós, ao longo da vida, na busca em direção a Deus e na vivência do Evangelho.

Comentando

1. João 20,11-13: Maria Madalena chora, mas busca

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Os salmos: a anatomia da alma humanaFonte: Leonardo Boff, Jornal do Brasil


Os salmos constituem uma  das formas mais altas de oração que a humanidade produziu. Milhões e milhões de pessoas, judeus, cristãos e religiosos de todas as tradições, dia a dia, recitam e cantam salmos, especialmente os religiosos e religiosas e os padres no assim chamado “ofício das horas” diário.
Não sabemos exatamente quem são seus autores, pois eles recolhem as orações que circulavam no  meio do povo. Seguramente, muitos são de Davi (século X a.C). É ele considerado, por excelência, o protótipo do salmista. Foi pastor, guerreiro, profeta, poeta, músico, rei e profundamente religioso. Conquistou o Monte Sion dentro de Jerusalém e lá, ao redor da Arca da Aliança, organizou o culto e introduziu os salmos.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O injustiçado inocente


jesus-e-a-multidoDepois da intensa caminhada quaresmal, chegamos com Jesus às portas de Jerusalém, a cidade do grande Rei (Mt 5,35), o lugar onde o destino de Israel e dos profetas deve cumprir-se (Lc 13,33).
A festa do Domingo de Ramos faz memória da entrada de Jesus na cidade montado num jumentinho, aclamado pela "numerosa multidão que estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores e os espalhavam pelo caminho (Mt 21, 8).
Pessoas que estiveram com Jesus, escutado suas palavras, experimentado sua misericórdia, seu amor sem fronteiras, e sentido também seu sofrimento. Talvez não compreendessem plenamente quem era seu Mestre, mas seu coração lhes gritava que esse homem era o Filho de Deus.
 
Podemos nos perguntar se reconhecemos no humilde de Jesus o Filho de Deus. Temos liberdade para alçar com alegria o "ramo" de nossa fé reverente, e agradecer sua Presença em nossa vida, família e comunidade.
É assim que o evangelista mostra como em Jesus se cumprem as palavras ditas pelo profeta: “Dizei à filha de Sião:

A Entrada em Jerusalém O Messias pobre e desarmado (Mateus 21,1-11) [Mester, Lopes e Orofino]



Mateus 21,1-5: O Messias pobre e desarmado

A cena da entrada de Jesus em Jerusalém revela a sua identidade como Messias pobre e desarmado. Jesus mesmo toma as providências para entrar na cidade montado num jumentinho, o transporte dos pobres daquela época. Ao narrar este episódio, Mateus se inspira na tradição profética. Para dar à cena o sentido do cumprimento da profecia, ele cita literalmente o texto de Zacarias 9,9: “Dizei à Filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti. Ele é manso e está montado num jumento, num jumentinho, cria de um animal de carga!”

Mateus 21,6-7: Acolher Jesus tal como ele se revela e se apresenta


Os discípulos são encarregados de preparar o animal para a entrada de Jesus na cidade. Eles vão e fazem exatamente como Jesus mandou. Por trás desta narração, tem um recado para as comunidades: verdadeiro discípulo é aquele que aceita Jesus do jeito que ele é e quer ser, e não do jeito que elas gostariam que ele fosse. Se Jesus se fez Messias pobre e desarmado, não podem fazer dele um messias glorioso e poderoso.

Mateus 21,8-9: Eles queriam um grande rei

quinta-feira, 3 de abril de 2014

DOMINGO 6 DE ABRIL - Evangelho de João 11, 1-45


Um tal de Lázaro tinha caído de cama. Ele era natural de Betânia, o povoado de Maria e de sua irmã Marta.
Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com perfume, e que tinha enxugado os pés dele com os cabelos. Lázaro, que estava doente, era irmão dela. Então as irmãs mandaram a Jesus um recado que dizia: «Senhor, aquele a quem amas está doente.»
Ouvindo o recado, Jesus disse: «Essa doença não é para a morte, mas para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.» Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro. Quando ouviu que ele estava doente, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Só então disse aos discípulos: «Vamos outra vez à Judéia.» Os discípulos contestaram: «Mestre, agora há pouco os judeus queriam te apedrejar, e vais de novo para lá?»
Jesus respondeu: «Não são doze as horas do dia? Se alguém caminha de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas se alguém caminha de noite, tropeça, porque nele não há luz.» Disse isso e acrescentou: «O nosso amigo Lázaro adormeceu. Eu vou acordá-lo.»
Os discípulos disseram: «Senhor, se ele está dormindo, vai se salvar.» Jesus se referia à morte de Lázaro, mas os discípulos pensaram que ele estivesse falando de sono natural.
Então Jesus falou claramente para eles: «Lázaro está morto.  E eu me alegro por não termos estado lá, para que vocês acreditem. Agora, vamos para a casa dele.» Então Tomé, chamado Gêmeo, disse aos companheiros: «Vamos nós também para morrermos com ele.»
Leitura do texto completo Evangelho de João 11, 1- 45
(Correspondente ao 5º Domingo de Quaresma, ciclo A do Ano Litúrgico).
Locutor: Gilberto Faggion

O Amigo Jesus

O quinto domingo de quaresma é marcado por um dos grandes episódios do evangelho de João:

A morte e ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45) [Mesters, Lopes e Orofino]

Ampliar imagem1. João 11,1-16: Uma chave para entender o sétimo sinal da ressurreição de Lázaro

Lázaro estava doente. As irmãs Marta e Maria mandam chamar Jesus: "Aquele a quem amas está doente!" (Jo 11,3.5). Jesus atende ao pedido e explica: "Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por ela seja glorificado o Filho de  Deus!" (Jo 11,4). No Evangelho de João, a glorificação de Jesus acontece através da sua morte (Jo 12,23; 17,1). Uma das causas da sua condenação à morte vai ser a ressurreição de Lázaro (Jo 11,50; 12,10). Assim, o sétimo sinal vai ser para manifestar a glória de Deus (Jo 11,4). Os discípulos não entendem (Jo 11,6-8). Jesus fala da morte de Lázaro, e eles entendem que esteja falando do sono (Jo 11,11-15). Ainda não percebem a identidade de Jesus como vida e luz (Jo 11,9-10). Porém, mesmo sem entenderem, eles estão dispostos a ir morrer com ele (Jo 11,16). A doutrina deles é deficiente, mas a fé é correta.
 
2. João 11,17-19: Jesus chega em Betânia

Lázaro está morto mesmo. Depois de quatro dias,