Uma longa viagem de Jesus e de seus discípulos, cansaço, fome... Chegaram a colher espigas em roça alheia, num dia de sábado (Lucas 6,1-5). Depois de curar muita gente (Lucas 6,6-11.18-19), de proclamar as bem-aventuranças (o que em Lucas acontece numa planície - cf. 6,17.20-26), e de orientar seus discípulos, Jesus finalmente chega em casa, na cidade de Cafarnaum. Mal acabou de entrar na cidade e é procurado por lideranças judaicas da cidade (anciãos ou presbíteros). Eles vêm a pedido de um centurião romano, cujo servo está muito doente. Insistem que Jesus vá salvá-lo (Lucas 7,1-3).
O descanso fica para depois e Jesus se desloca,
então, à casa do centurião. No caminho, amigos do centurião vão ao seu
encontro com novo recado: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno
de que entres em minha casa... A frase nos é muito conhecida: uma
palavra de Jesus bastaria para que a cura acontecesse, para que a
salvação se realizasse (Lucas 7,6-7).
Jesus fica admirado com a fé do centurião, que é
estrangeiro: Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé como
esta! (Lucas 7,9). E, sem que o texto mencione as palavras curadoras de
Jesus, a cura acontece. A narrativa se conclui afirmando que ao
voltarem para casa, os enviados encontraram o servo em perfeita saúde
(Lucas 7,10).
Dois protagonistas marginais