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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

As mulheres na Reforma Protestante


Sonia Mota (Sonia Motta é pastora da IPU e colaboradora no CEBI. É organizadora do livro Juventude Superando a Violência) No calendário protestante, o dia 31 de outubro é uma data importante, pois é a data em que se comemora o dia da Reforma. Todo protestante com um mínimo de conhecimento de história da Igreja citará de cor reformadores como Martinho Lutero, João Calvino, João Knox, Ulrico Zwínglio, Filipe Melanchton e outros. Mas nesta lista está faltando uma parte importante desta história. Onde estão as mulheres que atuaram pela Reforma da Igreja, defendendo, entre outros, a ordenação de mulheres? Que foi feito da memória delas e do trabalho que realizaram? Sabemos que ambos, homens e mulheres, tiveram papel relevante no movimento da Reforma. Mas lamentavelmente as mulheres são geralmente esquecidas. No que segue, queremos dar visivilidade à importância da atuação de algumas destas mulheres, que inclusive tiveram que se defender dos próprios reformadores homens. 1. A posição dos reformadores Na tradição reformada, embora o sacerdócio universal dos crentes fosse um tema amplamente difundido, ele não foi aplicado para garantir às mulheres o direito ao ministério ordenado. Se, na Idade Média, o ideal feminino era o de monja, na época da Reforma, o ideal era ser esposa e mãe. Lutero viu como apropriado para as mulheres o papel de ajudantes e companheiras dos homens, cabendo a elas o tradicional papel de esposa e mãe, permanecendo sujeitas aos maridos. Para ele, não existe nenhuma permissão divina para que elas exerçam papel de liderança. Mesmo as que são rainhas precisam de um conselho masculino para administrarem, pois só ao homem é dado o direito de mandar (1). João Knox é ainda mais radical, chegando até mesmo a ser grosseiro ao publicar um tratado intitulado "O primeiro clangor da trombeta contra o monstruoso regimento das mulheres" (1558), no qual anunciou a sua posição contra qualquer tipo de governo de mulheres, o que para ele significava contrariar a natureza da Escritura e usurpação da autoridade masculina. Mesmo reconhecendo que Deus colocou mulheres notáveis em posição de comando, ele afirma que as mulheres "são fracas, débeis, impacientes, vulneráveis e tolas; e a experiência tem demonstrado que elas são inconstantes, volúveis, cruéis e destituídas do espírito de deliberação e organização" (2). Há quem justifique esta postura devido às experiências que este reformador teve com as rainhas. Calvino assume uma posição ambivalente. Segundo Jane Douglas (3), "Calvino é o único teólogo do século XVI que vê o silêncio das mulheres na Igreja como coisa ‘indiferente', isto é, como matéria determinada pela lei humana e não pela lei divina". Ele mesmo manteve contato e trocou correspondência com Marguerite de Angoulême. Calvino tratou do assunto sobre o silêncio das mulheres, instituído por Paulo na Igreja, como matéria de ordem política. Examinou criticamente vários textos bíblicos, nos quais reconhece a participação e a importância da mulheres nas Escrituras Sagradas. No seu comentário sobre Gênesis, rompeu com a tradição escolástica ao afirmar que a mulher não foi dada para Adão para ter filhos, mas para ser sua companheira. No entanto, mantém a subserviência da mulher em relação ao homem (4). Mesmo analisando os textos referentes à participação das mulheres na Bíblia, e até rompendo com a tradição em alguns escritos, o seu trabalho não trouxe conseqüências favoráveis ao papel das mulheres na liderança das Igrejas. Embora reconhecesse a existência de profetisas, admitia que seria um escândalo uma mulher ensinar ao seu marido pela pregação. Faltou aos reformadores coerência teológica, pois todas as pessoas, independentemente de raça, gênero ou condição social, estão incluídas no sacerdócio universal dos crentes. Mas apesar dos posicionamentos das lideranças masculinas da Reforma, as mulheres buscaram ocupar seus espaços e muitas delas tornaram-se pregadoras. 2. As reformadoras Catarina von Bora (1499-1550), na Alemanha, talvez seja a mulher mais lembrada da Reforma, sendo hoje reconhecida por ter extrapolado o papel de "esposa de Lutero". Além de excelente administradora dos bens familiares e da casa, conhecia os segredos da medicina caseira, utilizando seus conhecimentos para curar muitas pessoas. Além disto, havia sido monja e, mesmo antes de casar com Lutero, já conhecia o pensamento do reformador através dos seus escritos. Era uma mulher culta, que sabia ler e escrever. Com seus conhecimentos e por participar dos debates que aconteciam em sua casa, Catarina pôde opinar sobre assuntos referentes à Reforma. Em uma das cartas, Lutero informa a ela sobre o Colóquio de Marburg, que tivera com outros reformadores sobre a Santa Ceia, destacando-se dentre eles Zwínglio. Além do mais, foi ela quem incentivou Lutero a responder a Erasmo, quando este escreveu De Libero Arbitrio, ao que Lutero respondeu com o escrito De Servo Arbitrio (5). Catarina Schutz Zell (1497-1562), de Estrasburgo, era uma mulher culta, leitora de Lutero; casou-se com um sacerdote que sofreu a excomunhão. Para defender o esposo, escreveu ao bispo cartas de protesto em defesa do casamento clerical: Você me lembra que o apóstolo Paulo disse que as mulheres estejam caladas na Igreja. Eu desejo lembrar-lhe as palavras do mesmo apóstolo de que em Cristo não há mais macho nem fêmea, e a profecia de Joel: "Derramarei do meu espírito sobre toda a carne e seus filhos e suas filhas profetizarão". Não pretendo ser João Batista repreendendo os fariseus. Não alego ser Natan censurando Davi. Só aspiro ser a besta de Balaão castigando o seu senhor (7). Recebia em casa muitos líderes da Reforma, entre eles Calvino. Além de acolher em casa pessoas perseguidas por causa da Reforma., Catarina Zell também escrevia muito, e em suas cartas incentivava as mulheres dos fugitivos a permanecerem firmes na fé. Estes escritos foram publicados como tratado de consolação. Escreveu também comentários sobre os Salmos 51 e 130, sobre a oração dominical e o Credo. Prestou serviços de acolhida a flagelados, exercendo o ministério da visitação. Intercerdeu por melhorias hospitalares. Pregou diversas vezes, inclusive na morte do esposo. Claudine Levet (1532...?) atuou em Genebra. As atividades desta mulher foram relatadas nas atas de Antoine Fromment, pastor protestante da época. Quando se achava em um ajuntamento em que não havia ministros, os presentes pediam-lhe para explicar a Escritura, porque não podiam encontrar pessoa mais bem dotada com a graça do Senhor. Deixando para trás todas as suas pompas aplicou suas posses no socorro aos pobres, principalmente aos da família da fé, e os que haviam sido expulsos por causa da verdade, recebendo-os em sua casa (8). Através das informações registradas por Fromment, é possível concluir que Claudine Levet pregava publicamente em Genebra, antes mesmo da chegada de Calvino. Marie Dentière (9) também atuou em Genebra, não só pregando como publicando livros. Entre estes estão A Guerra e o Livramento da Cidade de Genebra (1536), sobre a Reforma genebrina entre 1504 a 1536, Defesa das Mulheres e Uma Carta Muito Útil (1539), duas cartas escritas para a rainha Marguerite de Navarra. Dentière conclui a carta Defesa das Mulheres fazendo um apelo à rainha para que interceda junto ao irmão, o rei da França, fazendo com que se elimine a divisão entre homens e mulheres, pois estas também receberam revelações que não podem ficar escondidas. Embora não seja permitido a nós (mulheres) pregar em assembléias públicas e nas Igrejas, não obstante não nos é proibido escrever e admoestar uma a outra com todo o amor. Não somente para vós, senhora, desejei escrever esta carta, mas também comunicar coragem a outras mulheres mantidas em cativeiro, a fim de que todas elas não temam ser exiladas do seu país, parentes e amigos, como eu mesma, por causa da Palavra de Deus. Para que elas possam, de agora em diante, não ser atormentadas e afligidas em si mesmas, mas antes, rejubiladas, consoladas e estimuladas a seguir a verdade, que é o evangelho do Senhor Jesus Cristo. Até agora, este evangelho tem estado escondido, de sorte que ninguém ousa dizer uma palavra a respeito dele, e apareceu que as mulheres não deviam ler e entender nada dos escritos sagrados. É esta a causa principal, minha senhora, que me compeliu a escrever a V. Excia., esperando em Deus que no futuro as mulheres não serão tão desprezadas como no passado... em todo o mundo (10). O estilo literário de Dentière mostra que ela escreve como mulher para mulheres, utilizando mesmo o recurso inclusivo, não omitindo nos seus escritos as figuras femininas da Bíblia, alertando para o fato de que não foram as mulheres que traíram Jesus ou foram falsas profetisas. Quando analisa o encontro de Jesus com a mulher samaritana, destaca esta mulher como uma das maiores entre os pregadores. E quanto à ordem de Jesus para as mulheres que testemunharam sua ressurreição, ela conclui: Se Deus deu então a graça a algumas boas mulheres, revelando-lhes, pelas Santas Escrituras, algo santo e bom, não ousariam elas escrever, falar e declará-lo uma à outra? Ah! seria uma audácia pretender impedi-las de fazê-lo. Quanto a nós, seria muita tolice esconder o talento que Deus nos deu (11). Uma calvinista inglesa, Rachel Specht, usou, em 1621, a parábola dos talentos para defender o direito das mulheres. Ela argumentava que as mulheres receberam corpo, alma e espírito de Deus. A alma, segundo ela, era o lugar onde habita a mente, a vontade e o poder. Para que Deus daria todos estes talentos a elas se não para serem usados? Não usá-los seria uma irresponsabilidade. As mulheres precisavam assumir o compromisso com o Evangelho, ou teriam que responder diante do Senhor pelo mau uso dos seus talentos. Rachel escrevia em forma de poesia e usava o próprio nome, em uma época em que as mulheres faziam uso de pseudônimos masculinos para permanecer no anonimato. As suas anotações eram abonadas por passagens bíblicas, o que revela seu conhecimento e capacidade de argumentação teológica (12). As denominações oriundas da Reforma levaram algum tempo para permitir a ordenação de mulheres. Ainda hoje, em alguns lugares e em determinadas denominações, lamentavelmente ela não é permitida. Resgatar esta história é fazer justiça a estas mulheres que tiveram a coragem de fazer diferente, abrindo caminhos para que tantas outras pudessem assumir o púlpito e ser ordenadas ao ministério. Que o dia 31 de outubro seja também um espaço de comemorar todas estas reformadoras e de continuar lutando pelo nosso direito de exercer "o sacerdócio universal de todos os e todas as crentes". (1) Martim LUTERO. Obras selecionadas, v. 5, p. 160-169). (2) John KNOX, The first blast of the trumpet against the monstruous regiment of women (1558), in: The works of John Knox, ed. David Laing, v. IV, p. 366-373, ap. J. D. DOUGLAS, op. cit., p. 103-104. (3) ID., ibid., p. 26. (4) George H. TAVARD, Woman in Christian Tradition, p. 176. (5) Heloísa Gralow DALFERTH, Katharina von Bora, em especial p. 86. (6) Alexander Duncan REILY, Ministérios Femininos em Perspectiva Histórica, p. 136-137. (7) R. BAINTON, Women of the Reformation in Germany and Italy, p. 55, apud: J. D. DOUGLAS, op. cit. p. 101. (8) Anthoine FROMMENT, Les Actes et gestes merveilleux de la cité de Genève, apud: J. D. DOUGLAS, op. cit., p. 110. (9) J. D. DOUGLAS, op. cit., p. 111-114. (10) Apud J. D. DOUGLAS, op. cit., p. 112-113. (11) Apud J. D. DOUGLAS, op. cit., p. 113. (12) W. DEIFELT, op. cit., p. 365-366.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CRIANÇAS CELEBRAM EM MARINGÁ

A Missão do Divino Espírito Santo de Maringá neste último sábado, 22 de outubro, ofereceu uma animada festa às crianças do Ponto de Pregação da vizinha cidade de Sarandi, em comemoração ao Dia da Criança. Foi uma tarde de muita animação com brincadeiras, jogos, comes e bebes, e presença do Palhaço Pepito. Encerramos o momento com Celebração Eucarística presidida pelo Ministro Encarregado Revdo. Luiz e presença da Comunidade, que colaborou para que o encontro pudesse acontecer, com a articlulação da Sra. Magali Mendes.

Festa da Criança em Maringá

terça-feira, 25 de outubro de 2011

MULHERES LERROVILLE

Na sexta do dia 21 de outubro as mulheres de Lerroville reuniram-se para refletir a Palavra de Deus. A Palavra iluminou a vida e nos levou a refletir nossas ações dentro da realidade em que vivemos, nos motivou e nos deu esperança para seguirmos caminhando, sorrindo e amando!!!
Revda Lucia


Encontro de reflexão mulheres Lerroville!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A ilusão de uma economia verde - Leonardo Boff, Teólogo, Filósofo e Escritor


Tudo o que fizermos para proteger o planeta vivo que é a Terra contra fatores que a tiraram de seu equilíbrio e provocaram, em consequência, o aquecimento global é válido e deve ser apoiado. Na verdade, a expressão "aquecimento global” esconde fenômenos como: secas prolongadas que dizimam safras de grãos, grandes inundações e vendavais, falta de água, erosão dos solos, fome, degradação daqueles 15 entre os 24 serviços, elencados pela Avaliação Ecossistêmica da Terra (ONU), responsáveis pela sustentabilidade do planeta (água, energia, solos, sementes, fibras etc.). A questão central nem é salvar a Terra. Ela se salva a si mesma e, se for preciso, nos expulsando de seu seio. Mas como nos salvamos a nós mesmos e a nossa civilização? Esta é real questão que a maioria dá de ombros. A produção de baixo de carbono, os produtos orgânicos, energia solar e eólica, a diminuição, o mais possível, de intervenção nos ritmos da natureza, a busca da reposição dos bens utilizados, a reciclagem, tudo que vem sob o nome de economia verde são os processos mais buscados e difundidos. E é recomendável que esse modo de produzir se imponha. Mesmo assim não devemos nos iludir e perder o sentido crítico. Fala-se de economia verde para evitar a questão da sustentabilidade que se encontra em oposição ao atual modo de produção e consumo. Mas no fundo, trata-se de medidas dentro do mesmo paradigma de dominação da natureza. Não existe o verde e o não verde. Todos os produtos contem nas várias fases de sua produção, elementos tóxicos, danosos à saúde da Terra e da sociedade. Hoje pelo método da Análise do Ciclo de Vida podemos exibir e monitorar as complexas inter-relações entre as várias etapas, da extração, do transporte, da produção, do uso e do descarte de cada produto e seus impactos ambientais. Ai fica claro que o pretendido verde não é tão verde assim. O verde representa apenas uma etapa de todo um processo. A produção nunca é de todo ecoamigável. Tomemos como exemplo o etanol, dado como energia limpa e alternativa à energia fóssil e suja do petróleo. Ele é limpo somente na boca da bomba de abastecimento. Todo o processo de sua produção é altamente poluidor: os agrotóxicos aplicados ao solo, as queimadas, o transporte com grandes caminhões que emitem gases, as emissões das fábricas, os efluentes líquidos e o bagaço. Os pesticidas eliminam bactérias e expulsam as minhocas que são fundamentais para a regeneração os solos; elas só voltam depois de cinco anos. Para garantirmos uma produção, necessária à vida, que não estresse e degrade a natureza, precisamos mais do que a busca do verde. A crise é conceptual e não econômica. A relação para com a Terra tem que mudar. Somos parte de Gaia e por nossa atuação cuidadosa a tornamos mais consciente e com mais chance de assegurar sua vitalidade. Para nos salvar não vejo outro caminho senão aquele apontado pela Carta da Terra:”o destino comum nos conclama a buscar um novo começo; isto requer uma mudança na mente e no coração; demanda um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”(final). Mudança de mente significa um novo conceito de Terra como Gaia. Ela não nos pertence, mas ao conjunto dos ecossistemas que servem à totalidade da vida, regulando sua base biofísica e os climas. Ela criou toda a comunidade de vida e não apenas nós. Nós somos sua porção consciente e responsável. O trabalho mais pesado é feito pelos nossos parceiros invisíveis, verdadeiro proletariado natural, os microorganismos, as bactérias e fungos que são bilhões em cada colherada de chão. São eles que sustentam efetivamente a vida já há 3,8 bilhões de anos. Nossa relação para com a Terra deve ser como aquela com nossas mães: de respeito e gratidão. Devemos devolver, agradecidos, o que ela nos dá e manter sua capacidade vital. Mudança de coração significa que além da razão instrumental com a qual organizamos a produção, precisamos da razão cordial e sensível que se expressa pelo amor à Terra e pelo respeito a cada ser da criação porque é nosso companheiro na comunidade de vida e pelo sentimento de reciprocidade, de interdependência e de cuidado, pois essa é nossa missão. Sem essa conversão não sairemos da miopia de uma economia verde. Só novas mentes e novos corações gestarão outro futuro.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Natureza
















Bíblia














A Bíblia vem da língua dos Gregos, quer dizer, “biblioteca”. Muitos livros juntos. Escritos em épocas diferentes, por autores diversos e de diferentes formas: como história, poesia, orações...
• A Bíblia é a Palavra de Deus, porque através dela Deus fala às pessoas.
• A Bíblia foi inspirada por Deus e escrita por mãos humanas.
• É o livro mais conhecido do mundo inteiro, já foi traduzido para mais de 1.685 línguas.
• Deus fala na bíblia... Deus fala também na vida, nas coisas que acontecem. Quem não procura entender as coisas da vida, os acontecimentos, não pode entender a Bíblia.
• A BÍBLIA, NA VERSÃO CATÓLICA, É COMPOSTA DE 73 LIVROS. NA VERSÃO EVANGÉLICA, SÃO 66. E SE DIVIDE EM DUAS GRANDES PARTES,
• ANTIGO TESTAMENTO = Foi escrito antes da chegada de Jesus. É formado por 46 livros na versão católica e 39 na Evangélica. A abreviatura do Antigo Testamento é AT.
OBSERVAÇÃO: A diferença entre a “Bíblia Evangélica” e “Bíblia Católica” só está no Antigo Testamento, pelo fato de os Evangélicos adotarem a “Bíblia Hebraica”, que só contém os livros escritos em hebraico.
  • Os sete livros são: Tobias, Judite, 1º e 2º Macabeus, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, são livros que foram escritos em Grego. Eles se encontram só na tradução grega da Bíblia, chamada em português de “setenta”, Tradução feita pelos Judeus a partir do 3º século.
• NOVO TESTAMENTO = Foi escrito a partir da chegada de Jesus. É formado por 27 livros. Abrevia-se por NT.

Cada livro tem um nome: Êxodo, Levítico, Apocalipse, Lucas... E cada livro está dividido em: capítulos, e versículos.

  • CAPÍTULO: é o número maior que aparece no texto. Ex.: Lucas 4, ou 4:)
  • VERSÍCULO: é o número menor que aparece no meio dos textos, Ex.: Lc 4,16 -20 (procurar na Bíblia, Lucas 4, 16-20)
  • VAMOS TRABALHAR Responder.
A palavra Bíblia tem origem Grega, e quer dizer?..................................... A Bíblia está dividida em duas grandes partes, quais são?..................................................... Quantos livros tem no AT?............................... Quantos livros tem NT?................................. A Bíblia é composta de quantos livros?.............................. Vamos procurar no livro do Gênesis, o Capítulo 2, Versículo 4 . Vamos ver na estante Bíblica ao lado, seus livros, e os nomes dos livros. (Confira também na Bíblia livro por livro). Antigo Testamento - AT. “Pentateuco” – Palavra Grega que significa cinco livros. Esses livros também são chamados de “TORÁ” que quer dizer, Lei. Lei da Antiga Aliança. Quais são estes cinco livros?---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Livros históricos são 16. esses livros narram a história do povo de Deus e seus líderes. Quais são esses livros? Procurem na Bíblia católica, se tiverem, os que faltam na estante bíblica. Esta estante contém os livros da bíblia evangélica.(lembram da explicação acima sobre isso)? --------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------. Livros “Sapienciais” = Sabedoria. São 7, estes livros. Neles encontramos a sabedoria e os sentimentos do povo: ditados, poesias, cantos, orações. Quais são eles? procurem na Bíblia católica, se tiverem, os livros que faltam na estante bíblica ------..------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Livros proféticos, são 18, trazem a vida e a mensagem dos profetas. Quais são?-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- NOVO TESTAMENTO – NT. Os Evangelhos são 4. Quem são os quatro Evangelistas? .................................................................................................................. Os Apóstolos tiveram grandes atitudes por causa de Jesus Cristo. Onde encontramos os feitos dos Apóstolos? --------------------------------------- O apóstolo Paulo escreveu 14 cartas, para as comunidades em que ele trabalhou, chamadas de Epístolas. Quais são elas?---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ainda encontramos na Bíblia mais 7 epístolas (cartas) católicas (católicas quer dizer universal). Essas cartas são enviadas a pessoas ou comunidades. Quais são?..................................................................................................... .................................................................................................................................................................................. O último livro da Bíblia, Livro da revelação. Como se chama?............................................................................... Em meio a tantas atividades que temos, televisão, som, diversões, trabalho, estudo, que lugar tem para nós a palavra de Deus? De sua opinião!
Revda Lucia Dal Pont

Qual é o maior mandamento da Lei ? (Mateus 22,34-40) - Ildo Bohn Gass

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A comunidade de Mateus apresenta Jesus ensinando o maior mandamento em um contexto no qual os fariseus novamente o procuram, a fim de pô-lo à prova (Mateus 22,35). Assim já haviam feito ao armarem, junto com os herodianos, uma cilada em torno do pagamento dos impostos ao império romano, para apanhá-lo por alguma palavra (Mateus 22,15). Tanto os representantes da religião oficial (fariseus), bem como os do império (herodianos), já haviam se dado conta de quanto era perigoso para seus sistemas o jeito de Jesus propor o Reino do Pai. Ainda mais, depois que ele também fechara a boca dos saduceus (Mateus 22,34). Os saduceus eram o partido judaico mais poderoso naquele momento, uma vez que aglutinava os que controlavam a religião a partir do templo (sacerdotes) e os que detinham o poder sobre o comércio em Jerusalém (anciãos). O projeto do Reino de Deus é revolucionário a todos os sistemas, seja aos de ontem, seja aos de hoje, grandes ou pequenos, dentro ou fora de nós.

Desta vez, os fariseus partem para cima de Jesus com uma nova armadilha: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? (Mateus 22,36). Então, Jesus faz a memória da centralidade do amor em toda Lei. Dessa forma, ao colocar no centro o amor a Deus e ao próximo, Jesus torna relativas todas as leis e as tradições. Elas somente estão conforme a vontade de Deus, caso tiverem como motivação primeira o amor. Assim, Jesus acusa os fariseus de traírem o projeto de Deus ao colocarem a letra acima do espírito da Lei. Incomodados pela acusação de Jesus, eles ficaram sem resposta e silenciaram. Porém, novamente se reuniram. Seria para preparar outra cilada? (Mateus 22,41). No entanto, agora é Jesus quem passa a desmascará-los, fazendo perguntas (Mateus 22,42) e acusações fortes contra os fariseus, incluindo também os doutores da Lei, os escribas (Mateus 23,1-36). Desse modo, ninguém podia responder-lhe nada. E a partir daquele dia, ninguém se atreveu a interrogá-lo (Mateus 22,46).

Jesus faz memória da Lei a fim de relativizá-la

Em que parte das Escrituras Jesus busca o espírito da Lei, o princípio do amor? Para o primeiro mandamento, ele recorre a um dos livros da Lei judaica, o Deuteronômio (6,4-5): Amarás ao Senhor, teu Deus... É um amor intenso, isto é, com todo o nosso ser: coração, alma, força vital e mente.

O segundo, ele o encontra em outro escrito do Pentateuco, o livro do Levítico (19,18): Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Também é um amor profundo, pois é amar o próximo tanto quanto amamos a nós próprios. Segundo Mateus 7,12, Jesus diz o mesmo em outras palavras: Tudo que desejais que as pessoas vos façam, fazei vós a elas. Pois esta é a Lei e os Profetas. Amar intensamente a Deus e o próximo é acolher de coração. É cuidar com corpo e com alma. É escutar com mente aberta. É solidariedade, força de vida...

O amor é o centro da vida nutrida em Deus, pois Deus é amor (1ª carta de João 4,8.16). Se andamos no caminho de Deus, vivemos o amor que gera vida, pois toda a Lei se resume neste único mandamento: ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo' (Gálatas 5,14; Romanos 13,9). Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei (Romanos 13,10). Ao dizer que toda Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos (Mateus 22,40), Jesus torna todas as Escrituras relativas em relação ao amor. Somente este é absoluto.

Os judeus mais piedosos haviam relacionado todas as leis do Pentateuco. Chegaram a catalogar 613 leis. Dessas, 365 eram proibições como, por exemplo, não matarás (Êxodo 20,13). E 248 eram leis afirmativas como lembra-te de santificar o dia de sábado (Êxodo 20,8). Uma quantidade tão grande de leis era difícil para o povo cumprir. De um lado, por não saber ler e, por isso, não conhecer toda a Lei em seus detalhes. De outro, por não ter, na luta pela sobrevivência diária, condições de cumprir a Lei em todos os seus pormenores. Segundo uma informação que encontramos no evangelho segundo João (7,47-49), os fariseus diziam que essa corja que ignora a Lei, são uns amaldiçoados. Isso revela que, para esses fariseus, as pessoas que não conhecem a Lei e, em consequência, não a cumprem são amaldiçoadas por Deus. E essa era a situação da maioria do povo pobre daquele tempo. Apenas uma minoria se considerava abençoada por Deus pelo fato de saber e cumprir a Lei, bem como as tradições orais sobre o puro e o impuro. Ao dar valor relativo às inúmeras prescrições e ao colocar como único princípio o amor, Jesus abre a possibilidade aos pobres de também fazerem parte das bênçãos do Reino.

Segundo os fariseus, por não conhecerem a Lei, estavam fora dessas bênçãos de Deus. Somente eles achavam ter esse privilégio. Dessa forma, Jesus derruba os muros que impediam o acesso dos pobres ao Reino. E mais, alegra-se porque são justamente eles os que acolheram a Boa Nova, enquanto os que se achavam sábios e entendidos, porém, prisioneiros de inúmeras regrinhas, se fecharam ao projeto de Deus (Mateus 11,25). Assim, diante da dificuldade para cumprir tantas leis, Jesus propõe um caminho alternativo, o caminho do amor.

Caminhemos pela estrada do amor

O caminho do amor é um novo jeito de caminhar, é uma nova prática. Sua vivência não é algo abstrato, teórico, mas é um amor bem concreto. Antes de procurar um próximo para amar, importa tornar-se próximo através da solidariedade. É isso que a comunidade de Lucas nos quer lembrar ao acrescentar ao mandamento do amor a parábola do samaritano misericordioso (Lucas 10,29-37). Ou como recorda a comunidade de Mateus, ao insistir na prática da misericórdia: Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a criação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era sem teto e me acolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me (Mateus 25,34-36).

A comunidade de João, diferentemente de Mateus, Marcos e Lucas, não separa em dois o mandamento de Jesus. Vai mais fundo e identifica o amor a Deus com o amor ao próximo: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros (João 13,34; 15,12.17). Se alguém disser: ‘amo a Deus', mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê (1ª carta de João 4,20).

Ó Deus de ternura e de bondade, diante da crise em que os sistemas deste mundo se encontram, permite-nos que teu amor nos conduza na superação de todas as estruturas de morte que ameaçam a vida no planeta e do planeta. Amém!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

JUSTIÇA AMBIENTAL, AMOR A VIDA.

DIA 02 DE OUTUBRO CELEBRAMOS E REFLETIMOS SOBRE A CRIAÇÃO COM O TEMA: JUSTIÇA AMBIENTAL, AMOR À VIDA! AS PESSOAS TROUXERAM SEUS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO PARA SEREM ABENÇOADOS!

Confira as fotos aqui:

BENÇÃO DOS ANIMAIS

JANTAR PARTILHADO E BINGO PARA DESCONTRAIR!

Dia 17/10 acontenceu na Paróquia São Lucas uma partilha, cada família trouxe um prato, após a Janta houve bingo. No dia chovia como nunca, mas a comunidade não deixou de participar. foi um momento gostoso de comfraternização e descontração!

Confira as fotos aqui:

FESTA NA SÃO LUCAS

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DIA DAS CRIANÇAS


Dia 12 de outubro na comunidade de Lerroville a criançada celebrou seu dia.
Foi uma tarde gostosa de reflexão, celebração, partilha e brincadeiras.
A comunidade de Lerroville é um novo Ponto de Evangelização que vem trazendo seus pequenos frutos para a Igreja.
Que o Espírito Divino nos ilumine nesta caminhada!


Confira as fotos aqui:



FESTA DO DIA DA CRIANÇA EM LERROVILLE

O que é de César a César... O que é mesmo de César? - Mateus 22, 15-22


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Um plano bem armado: fazer Jesus cair na armadilha de suas próprias palavras! A cilada é introduzida por um elogio que é, ao mesmo tempo, reconhecimento de integridade: "Mestre, sabemos que és verdadeiro, que ensinas o caminho de Deus... que não consideras as pessoas pela aparência..." (v. 16). Depois do elogio, a pergunta: "É lícito ou não pagar o imposto a César?"

Em caso de resposta afirmativa, toda a pregação de Jesus cairia por terra diante do povo. A ocupação romana era o que havia de mais explorador, a transferência de impostos para Roma era elemento provocador de miséria e fome. Além disso, do ponto de vista religioso, pagar o imposto significava aceitar o culto ao imperador. Na própria moeda, podia-se ler:Tibério César, Filho do Divino Augusto. Por isso, os fariseus e a maioria do povo se opunham ao pagamento.

Por outro lado, se Jesus responde que não se deve pagar o tributo, é apanhado em atitude aberta de afronta ao império. Os próprios herodianos, favoráveis ao pagamento do tributo e a serviço dos romanos, ali estavam para o flagrante.

A resposta de Jesus desmascara qualquer religião fetichista e legitimadora do sistema, seja a divulgada pela propaganda imperialista, seja a alimentada pelas autoridades judaicas (no texto, representadas pelos fariseus). É possível que Jesus tenha tocado no coração do sistema religioso romano: o lucro proveniente da cobrança do tributo imposta às províncias conquistadas por Roma. Ao questionar o caráter divino do imperador, todo culto a ele prestado (leia-se: submissão, oferenda e pagamento do tributo) está deslegitimado.

Mas também está desautorizada e ridicularizada a prática de boa parte das lideranças judaicas, que mantinham duplo comportamento. Desejavam a expulsão dos dominadores, ao mesmo tempo em que reproduziam a dominação ou usufruíam das benesses propiciadas pela ocupação, incluindo o sistema de cobrança do tributo: ainda que a maior parte dos impostos fosse repassada a Roma, as elites alimentavam seu luxo com o que retinham do montante arrecadado pelos malvistos cobradores de impostos. Se, por um lado, as autoridades judaicas negavam-se a oferecer incenso ao divino César, por outro, eram beneficiadas com tal divinização.

Pagar ou devolver?

O texto de Mateus, seguindo a versão de Marcos (Mc 12,13), coloca juntos fariseus e herodianos. A narrativa de Lucas opta por classificá-los: "espiões que se fingiam dejustos" (cf Lc 20,20). O interessante é que enquanto os falsos justos perguntam se é lícito ou não "pagar" (em grego, é o verbo dídomi) o tributo a César, Jesus responde com outra concepção de justiça: usa o mesmo verbo, mas acrescentando um prefixo (apo) que dá uma ênfase diferente: não se trata de pagar, mas de devolver, como pode ser traduzido o termo apodídomi.

Se na moeda está a imagem (literalmente a epígrafe) do seu proprietário, o dinheiro pertence ao opressor romano e é preciso devolver a ele. Como gosta de afirmar Gustavo Gutierrez, "se na pergunta dos fariseus está implícita a possibilidade de não pagar o tributo, também está a de ficar, nesse caso, com o dinheiro". Jesus supera o pretenso nacionalismo dos fariseus, vai à raiz: "é preciso erradicar toda dependência do dinheiro. Não basta romper com o domínio político estrangeiro, é necessário romper a opressão que nasce do apego ao dinheiro e de suas possibilidades de exploração dos demais" (O Deus da vida. São Paulo: Loyola, 1990. p. 87-88).

Fazendo uso do imperativo, a comunidade de Mateus mantém enfática a resposta de Jesus: devolvam ao imperador o que lhe é devido; e, da mesma forma, a Deus o que é de Deus! No Sermão da Montanha, a comunidade já havia lembrado: Não se pode servir a dois senhores, não há como servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6,24). O culto a Deus não se coaduna com o culto a Mamon, aqui representado pelo sistema do império romano.

Mas o que é mesmo de César? E o que é de Deus?

Neste "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" ainda cabe a pergunta: o que mais é de César e o que é de Deus?

Em terra ocupada, toda a população sabia que além do denário, também era de César o procurador da Judéia, nomeado pelo próprio imperador. Eram de César os exércitos invasores. "A César o que é de César" inclui, portanto, todo o anseio de libertação. O clássico texto de Marcos 5,1-20 já tinha descrito, através da imagem dos porcos lançando-se ao mar, o mesmo desejo: a legião (termo militar para designar uma corporação de soldados) volta pelo caminho de onde veio, o mar (pelo Mediterrâneo chegavam os exércitos de Cesar). Da mesma forma que no Êxodo o mar havia engolido os cavalos do faraó e a opressão do Egito foi vencida, a comunidade espera que os porcos do império sejam devolvidos ao mar. É o que pode também ser lido no "Devolvam a César o que é de César".

Em contrapartida, o que mesmo é de Deus? Conforme Levítico 25,23, a terra pertence a Deus, o povo é nela hóspede. Logo, não pode a terra ser tomada por outra divindade, o império romano. O povo, em última instância, é o "povo de Deus", com ele Deus fez aliança (Josué 24). A liberdade do povo é dom de Deus!

Cumprir a sugestão de Jesus pode nos trazer riscos

Há que se repetir que o processo de divinização de Jesus feito pelas comunidades é implícita (ou até mesmo explícita) oposição à divinização do imperador. Isso nos permite afirmar que o movimento de Jesus, ou pelo menos a leitura que dele se fez na segunda metade do primeiro século, traz em si forte reação antiimperialista. E se reconhecemos que a teologia imperial romana era, de fato, o centro ideológico do poder imperial, seu coração teológico, devemos admitir também que a comunidade cristã entendeu que proclamar Jesus Cristo como filho de Deus significava deliberadamente negar a César o seu mais alto título.

Consequências viriam... Não por menos, tantas lideranças tiveram a mesma sorte de Jesus, A essa altura, só restaria mesmo a um camponês de periferia, já considerado blasfemo pelas autoridades religiosas de seu povo (Marcos 14,60-64), ser condenado como malfeitor (Lucas 23,33-34). Como o próprio Jesus, as comunidades experimentariam que não é simples "devolver a César o que é de César". O império não costuma aceitar.

Edmilson Schinelo

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ide às encruzilhadas e chamai todos/as para a festa - Mateus 22,1-1




















Uma das pilastras da vida evangélica é o reconhecimento de que todas/os nós somos irmãos em Cristo. Não deveria haver espaço para intolerâncias, sexismos, preconceitos, privilégios, especialmente no que diz respeito à misericórdia e à graça de Deus para com a vida no planeta. "Não há judeus nem gregos, escravos ou livres, homens ou mulheres, todos somos UM em Cristo Jesus" (Gálatas 3,28). Mas esse é um ideal a ser perseguido todos os dias. É um objetivo a ser reafirmado a cada manhã quando acordamos. Não é fácil. Isso vai contra o jeito patriarcal das sociedades se organizarem. Ser irmão no patriarcado é muito revolucionário. Ser irmão nos impérios é subversivo. Nas primeiras comunidades, havia esse enfrentamento muito forte. Por um lado, o desejo de seguir Jesus, que já nos anos 80 estava enfraquecendo como projeto global das comunidades. Por outro lado, o desafio de sobreviver na convivência dentro do império em meio a gente de grupos sociais diferentes. Judeus tinham muita dificuldade de superar séculos de intolerância e "ensimesmamento". O Evangelho segundo Mateus guardou bem esses conflitos entre judeus e não-judeus. A parábola que lemos neste domingo em algumas igrejas possui duas partes. A primeira reflete bem o desejo de ser uma comunidade aberta a todas as pessoas. O reino dos céus é para todas as pessoas. A imagem da festa é muito apropriada e reflete que os "convidados tradicionais e de direito - judeus" não aceitam o convite. Então o convite é feito para todos: maus e bons (gentios e judeus que estão nas margens). A violência do rei é expressão do que aconteceu pelos anos 70 quando Jerusalém foi destruída pelas tropas de Roma durante a guerra judaica naquele período. É uma adição difícil de ser engolida no contexto da parábola como tal. A segunda parte, ainda com um tom de violência e exclusão, difícil de ser entendida, conta que, mesmo a festa sendo para todas as pessoas, um requisito era necessário para estar lá. Estar vestido apropriadamente. Pode ser uma alusão ao batismo, rito de passagem para tornar-se membro pleno da comunidade, onde você era "revestido do Cristo" para uma vida nova, abandonando sua vida antiga. Parece que tinha gente na festa que aceitou o convite, mas pela metade. Queria estar na festa com roupas antigas, estava apegada ainda ao passado e resistindo a "vestir-se apropriadamente" para essa nova etapa da vida. Por isso, o resultado é que não pode estar ali. Tem que voltar para fora e converter-se ao novo modelo de festa, onde todas as pessoas podem entrar mas, ao entrar, precisam estar com novos compromissos e novo estilo de vida (o que a parábola chama de "estar vestido apropriadamente"). Novos compromissos (festa de bodas - estar com a comunidade, ali representada pelo noivo/a) exigem da gente nova roupagem, nova atitude, novo jeito de perceber e se relacionar com a vida. Por isso, poucos são os "escolhidos". A festa continua lá, não está encerrada, mas é necessário estar "vestido apropriadamente" (estar cristificado) para entrar na mesma e se aproveitar da presença do noivo/a. A comunidade de Mateus, assim como a nossa hoje, deve enfrentar esse conflito ético e estético comunitário, em termos de avaliação acerca dos compromissos que assumimos como cristãos e a expressão (ou ausência de expressão) desses compromissos. Como vivemos, como nos comportamos, como nos relacionamos conosco mesmos e com as outras pessoas, que cuidado/relação estabelecemos com o planeta onde moramos? Estamos ao menos conversando sobre tudo isso na comunidade? São desafios que o reino de Deus, conteúdo de nossa parábola, nos aponta. Quando não assumimos novos compromissos, frutos da nova espiritualidade, há ranger de dentes e escuridão, situações que necessitam de intervenção e mudança de vida para mudarem. O desafio é aceitar o convite, vestir-se do Cristo e olhar o mundo através de seu olhar de misericórdia, compromisso incansável e apaixonado por festas e novidades.
Paulo Ueti

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atividades da Comunidade















UMEAB EM AÇÃO.


REFLETINDO A PALAVRA DE DEUS! Sábado dia 1° de outubro, a UMEAB da paróquia são Lucas reuniu-se mais uma vez para refletir a Palavra de Deus. Tema: Espiritualidade, Mística e Contemplação. Começamos com a pergunta, o que é espiritualidade para você? Cada uma foi dando sua opinião. Com o texto Lc, 10;38-42, aprofundamos o tema com as perguntas: Como Marta seguia e servia Jesus? Como Maria entendia o seguimento de Jesus? Como nós entendemos o seguimento de Jesus? Percebemos que precisamos, ouvir a Palavra de Deus, ser Místicas. Precisamos aprender a meditar a Palavra de Deus, contemplativas. Mas, sobre tudo, aprendemos que precisamos colocar em prática o que ouvimos e meditamos em nossa vida comunitária, espíritualidade.O encontro encerrou com um gostoso lanche partilhado.

A história do porco

Quando estiver desanimado lembre-se do PORCO

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada
raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.
Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse: 'Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo'. Neste momento, o porco escutava a conversa.
No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse: 'Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!'.
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse:
'Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...'.
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse: 'Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos. Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: 'Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai...fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!'.
Então de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: 'Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa! Vamos matar o porco!'.
Pontos de Reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe qual o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam. 'SABER VIVER SEM SER RECONHECIDO É UMA ARTE' Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic. PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR, AO INVÉS DE UMA PESSOA DE SUCESSO!