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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

REJU apresenta Carta de São Paulo


por Rede Ecumênica de Jovens


As Jovens e os jovens, organizados/as pela Rede Ecumênica da Juventude (REJU), com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), de Koinonia - Presença Ecumênica e Serviço, do Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI) e do Fórum Ecumênico ACT Brasil (FEACT - Brasil) - realizaram em São Paulo (SP), entre os dias 6-9 de dezembro de 2012, o Encontro Nacional da REJU: Incidência Política e Garantia de Direitos. Esta atividade promoveu o empoderamento em incidência política em temáticas como: juventude, equidade de gênero e direitos LGBT; juventude e vida segura; juventude e justiça socioambiental e juventude e superação da intolerância religiosa. Além disto, possibilitou a articulação de juventudes das cinco regiões do país com o intuito de sinalizar os eixos de atuação da rede nos dois próximos anos (2013-2014), para refletir e incidir em direitos e políticas públicas de juventude no Brasil.
A Rede Ecumênica de Juventude, em sua busca por fortalecer os elos que concorrem para a observação, manutenção e promoção de direitos juvenis, reconhece que as suas ações em 2012, no âmbito da garantia de direitos e nos fortalecimentos de conquistas, especialmente na promoção da justiça socioambiental, combate de intolerâncias religiosas e sexuais, bem como no requerimento e conquista de espaço para articulação dos direitos da juventude em âmbito governamental, foram satisfatórios e ampliaram horizontes para a continuidade de processos.
Sem permitir a queda no sonolento poço da comodidade e não permitindo que nossos corpos dancem músicas de composições alheias, miramos para o objetivo comum da juventude, que é a caminhada constante em prol dos direitos que nos são devidos. Assim, ousamos denunciar uma vez mais que a intolerância religiosa e racial tem acometido a juventude nas diversas regiões e contextos do Brasil. Além disto, a fragilidade e/ou ausência de políticas públicas que respondam a essas demandas, legítima as várias formas de violência que são praticadas veladamente contra as (os) filhas (os) jovens de nossa frágil e amável mãe gentil.
Visando a recuperação dos danos já sofridos e a promoção de uma juventude com maior equidade propomos como eixos de atuação em 2013-2014:
Eixo 1: Juventude e Equidade de Gênero:
Objetivo: desconstruir as relações de poder, a fim de diminuir os conflitos de gênero e construir um espaço de diálogo, informação e denúncia; promover espaços de debates sobre a autonomia do corpo, despertando a celebração e autoconhecimento.
Eixo 2: Juventude e Superação de Intolerâncias:
Objetivo: contribuir com a visualização, problematização e denúncia da intolerância religiosa; favorecer o diálogo entre juventudes de diferentes religiões; proporcionar a reflexão e capacitação sobre a intolerância sexual (homofobia-lesbofobia) desde perspectiva de direitos humanos e a interface com distintas espiritualidades.
Eixo 3: Enfrentamento à violência contra a juventude negra
Objetivo: fortalecer e dar visibilidade às iniciativas e campanhas de outras organizações e ao Plano Nacional "Juventude Viva"; criar espaços de diálogo e reflexão em nossas comunidades religiosas e em outros ambientes vivenciados pela juventude; dar visibilidade e incentivar o acesso das (dos) jovens negras (os) às ações afirmativas, contribuindo com a efetivação destas políticas.
Eixo 4: Juventude e justiça socioambiental
Objetivo: Empoderar as juventudes em relação à plataforma de direito à cidade com ênfase em direito à moradia, ao saneamento ambiental, à acessibilidade, ao lazer, e as ações para prevenção de riscos e desastres ambientais; denunciar casos de violação de direitos ao território e acompanhar processos de reconhecimento e garantia da terra; Com estas devidas pontuações, visibilizamos nossos anseios e projetos e afirmamos que faremos valer nossas propostas. Também, sinalizamos que estamos dispostas (os) a receber outras (os) em nossos braços, dar nossas mãos, continuarmos a aprender a dialogar e cantar a canção sincera de nossas entranhas em prol de nossa dignidade, de uma casa-comum realmente justa. 

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