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quarta-feira, 8 de maio de 2013

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS


MOVIMENTO ECUMÊNICO DE LONDRINA – MEL

Catálogo Completo do CEBI em PDF12 A 19 DE MAIO DE 2013

O que Deus Exige de Nós? (Mq 6,6-8)


12.05.13 – Domingo, 10h30 – Paróquia de São Lucas (Anglicana), Rua Mossoró, 678, Londrina, homilia do Rev. Ricardo José de Sousa.

13.05.13 – Segunda – 11h20 – PUC – Homilia da Revda. Lucia Dal Pont Sírtoli.
_________. 20h00 – Paróquia Rainha dos Apóstolos – Av. Tiradentes, Londrina, homilia de Selma Almeida Rosa.


14.05.13 – 19h30 – Paróquia São Vicente de Paulo, Av. Madre Leoônia Milito, Londrina, homilia do P. Nestor Nath.

15.05.13 – 19h00 – Salão da Catedral – Semana Teológica da PUC- Palavras dos Reverendos Ricardo José de Sousa e Luiz Sírtoli.

17.05.13 – 21h30 – PUC – Pós-graduação – Sala 26, homilia do Rev. Ricardo José de Sousa.

18.05.13 – 20h – Igreja Presbiteriana Independente – Rua Antonio Dias Adorno, 865 – Jd. Novo Bandeirantes – Homilia do Frei Ildo.

19.05.13 – Domingo - 9h30 – Igreja Evangélica de Confissão Luterana – Rua Paranaguá, 1381, Londrina – Homilia do Pe. Claudinei Souza da Silva.   


BEM-VINDOS E BEM-VINDAS!






SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS
                                                                      Rev. Carlos Jeremias Klein

(Pastor jubilado da Igreja Presbiteriana Independente)
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é realizada nos países do hemisfério norte de 17 a 25 de janeiro e no hemisfério sul no período de Pentecostes. Portanto, no Brasil, neste ano será de 20 a 27 de maio. A Semana é promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI),
ao qual a Igreja Presbiteriana Independente está filiada, e pelo Conselho Pontifício para a Unidade dos cristãos. Em nosso país a promoção é do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs e do Conselho Latino-Americano de Igrejas, CLAI, Região Brasil.
Os cristãos somos convidados a orar pela unidade, seguindo o exemplo de Jesus Cristo que, na semana de sua Paixão, orou ao Pai: “Não rogo somente por estes, mas pelos que, por meio de sua palavra crerão em mim: a fim de que todos sejam um... para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17,20-21).=
Em cada ano, um país ou região prepara o tema e material litúrgico para as celebrações. No ano passado, 2011, o tema foi “Unidos nos ensinamentos dos Apóstolos” (At 2,42) e as pistas para reflexões vieram das Igrejas de Jerusalém, em Israel. Neste ano de 2012 o tema “Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”, fundamentado em I Coríntios 15,5-58, e os subsídios para reflexões, chegam das Igrejas cristãs da Polônia, tendo sido adaptados pela Comissão de Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas e pelo Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos.
A Primeira Carta do Apóstolo São Paulo aos cristãos de Corinto, em seu capítulo 15, trata da esperança cristã da Ressurreição dos mortos. O fundamento de nossa esperança de vitória sobre a morte é a Ressurreição de Jesus Cristo: “Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé” (ICor 15,13-14). A mensagem da morte de Cristo por nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia é o centro da pregação que São Paulo recebeu e transmite aos cristãos de seu tempo (ICor 15,3).
Os versos escolhidos para o tema da Semana de Oração, ICor 15,51-58, tratam da vitória sobre os poderes do pecado e da morte, pela Graça de Deus, “que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 57).
O Apóstolo São Paulo, no início de sua Primeira Carta aos Coríntios, após a saudação e ação de graças, exorta os cristãos, em nome do senhor Jesus Cristo, a viverem em concórdia, “de sorte que não haja divisões entre vós” (1,10). E explica-se: “Cada um de vós diz: ‘Eu sou de Paulo!’, ou ‘Eu sou de Apolo!’, ou ‘Eu sou de Cefas!’, ou ‘Eu sou de Cristo!’. Cristo estaria dividido? Paulo terá sido crucificado em vosso favor? Ou fostes batizados em nome de Paulo?” (1Cor 1,12-13).
Na história da Igreja, lamentavelmente, presenciamos o escândalo das divisões, principalmente a partir do segundo milênio. Em 1054, houve o Cisma entre os cristãos do Oriente, Ortodoxos, e do Ocidente, católicos romanos. No século XVI, o Norte da Europa adere à Reforma protestante, mas não se consegue uma unidade de fé e prática, mesmo no tempo dos reformadores. Nos últimos cem anos, a fragmentação e o surgimento de novos grupos ou movimentos no campo evangélico tornaram-se, no mínimo, escandalosa.
O despertar do mundo protestante para as missões suscitou a mesma questão de São Paulo: “Estaria Cristo dividido?”. A questão missionária levou o protestantismo a iniciar uma grande reflexão sobre a busca da unidade dos cristãos. Um marco histórico foi a Conferência Missionária de Edimburgo, na Escócia, em 1910, que teve como resultados, na década de 20, a criação do Movimento “Vida e Trabalho” (Estocolmo, 1925) e Movimento “Fé e Ordem” (Lausanne, 1927). Esses movimentos passaram a integrar-se no Conselho Mundial de Igrejas (Amsterdam, 1948).
Há cristãos que dizem não ter preocupações com a busca da unidade, pois já estamos unidos em Cristo. Ademais, as divisões até tornariam mais dinâmica a evangelização. Não é esta, porém, a posição do Apóstolo São Paulo (ICor 1,12-13; ver também Ef 4,1-6), nem de nosso Salvador, que orou ao Pai: “Que todos sejam um... para que o mundo creia” (João 17,21).
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é um tempo privilegiado para nos unirmos a cristãos e cristãs de outras denominações e buscarmos, em Oração, a unidade desejada por Cristo. A nossa Igreja Presbiteriana Independente incluiu, no calendário de sua Agenda, Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
O Apóstolo São Paulo nos anima nessa caminhada: “Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, cientes de que a vossa fadiga não é vã no Senhor” (ICor 15,58, Bíblia de Jerusalém).   
    
       
O ESCÂNDALO DAS DIVISÕES NO CRISTIANISMO
 
Algumas reflexões sobre a fragmentação no mundo evangélico


Carlos Jeremias Klein


Introdução

Em 1525, o reformador Ulrich Zwinglio, referindo-se aos anabatistas, escreveu: “Se a qualquer cabeça-dura que tem uma nova ou estranha opinião se permite reunir uma seita em torno de si, divisões e seitas se tornariam tão numerosas que o corpo de Cristo se tornaria em pedaços”.[1]
As palavras do reformador de Zurique tornaram-se uma realidade. “Um dos quadros mais tristes da Cristandade é a sua fragmentação absurda. Há provavelmente cerca de cem mil de denominações evangélicas no mundo de hoje... Infelizmente, muitos grupos se separam de seus irmãos na fé por motivos poucos cristãos”.[2] Uma pesquisa realizada em Londrina, estado do Paraná, sob os auspícios da Sepal – Serviço de Evangelização para a América Latina, publicada em 2004, revelou a existência de 114 diferentes denominações evangélicas nessa cidade.[3]

1.      Algumas considerações de ordem bíblica e histórica
O Novo Testamento mostra divergências nas primeiras décadas do cristianismo. Na primeira Carta aos Coríntios o apóstolo Paulo escreve que foi informado sobre contendas entre os membros daquela comunidade: “Refiro-me ao fato de que cada um de vós declara: ‘Eu sou de Paulo”, “Eu, de Apolo’, ‘Eu de Cefas, ‘Eu de Cristo’. Acaso está Cristo dividido?... Acaso em nome de Paulo é que fostes batizados” (1Co 1,12-13).
As tensões na Igreja do tempo apostólico, contudo, não devem justificar a atual fragmentação de grupos cristãos em diferentes denominações. O capítulo 15 do livro de Atos dos Apóstolos revela como a preocupação pela unidade da Igreja reuniu líderes de então a se reunir no chamado Concílio de Jerusalém, cerca do ano 49, para resolver a controvérsia sobre a circuncisão. Um texto da decisão foi remetido a cristãos de várias regiões: “Os apóstolos e anciãos, vossos irmãos, aos irmãos de Antioquia, Síria e Cilícia, oriundos das nações. Saudações. Tendo sido informados... resolvemos, unanimemente, designar alguns homens e enviá-los a vós, junto com nossos diletos Barnabé e Paulo, homens que expuseram sua vida em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (At 15,23b-26).
 Concílios do primeiro milênio
Colóquio de Marburgo
O fiel com a mesma religião do príncipe.

2.      O denominacionalismo de vertente norte-americana

3.      Algumas observações sobre as divisões no Brasil

IEQ, IPBPC, IURD, IIGD, IUMPD, IRC, etc.

Algumas considerações finais






[1] Zwingli, H., Huldreich Zwinglis Sâmlichte Werke (Corpus Reformatorum), Ed. Egli; G. Finsler, p. 254.
[2] Sayão, Luiz. Teologia para refletir, in http://teologiapararefletir.blogspot.com/ acesso em 10.05.11.
[3] Moreno, Tomás, “Algumas conclusões e propostas para a transformação da cidade de Londrina”, in A revolução silenciosa, São Paulo, Pensamento, 2004, p. 165. 

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